Olá, Pedro! Estamos muito contentes por teres concordado em fazer esta pequena entrevista e partilhares a tua experiência profissional com todos nós!
Estamos curiosos para saber como é gerir projetos num setor que muda tão rapidamente como o da tecnologia. Vamos lá saber mais sobre ti!
Estou a começar agora o meu sexto ano na LOAD.
Estudei Engenharia Electrónica e Telecomunicações, mas comecei a programar aos meus 12 anos. O meu primeiro computador foi um Sinclair ZX81 e, mais tarde, um Spectrum. Se alguém daqui tem 40 anos (ou mais), provavelmente vai entender do que estou a dizer: quando eu não estava a brincar com Load””, estava a brincar com linguagem de programação BASIC. Para aqueles que não estão familiarizados com Load”” — era um comando usado no Spectrum para carregar o jogo.
Acho que estava destinado à LOAD desde então!
Eu diria que o maior desafio na área da gestão de projetos de desenvolvimento de software é realmente o aspecto veloz da nossa indústria. Tudo é desejado para ontem e, se demorar mais, a oportunidade de inovação pode ser perdida para um dos muitos concorrentes. Há outros desafios, é claro, como criar uma relação de confiança com o cliente, entender a sua visão do que pretende e explicar-lhe qual deve ser a melhor abordagem. Às vezes, a melhor abordagem vai contra todo o conceito anterior do cliente e pode ser difícil equilibrar tudo isso.
Como equipa, a melhor maneira de superar esses desafios é fazer o que eles fazem de melhor: oferecer a melhor abordagem tecnológica e produzir algo robusto, confiável e de fácil uso.
Tornar boas ideias em coisas reais.
Nas minhas tarefas pessoais, uso muitas ferramentas de tracking de problemas e gestão de tarefas (como JIRA) e, claro, Outlook, Word, spreadsheets e editores de apresentação. Nas tarefas mais “cooperativas”, utilizo bastante as ferramentas de comunicação remota tais como, o Slack ou o Google Meet – ambas são essenciais, mesmo muito antes da pandemia do COVID-19.
Na LOAD, desenvolvemos os nossos próprios processos, adaptando metodologias às necessidades da nossa empresa e do nosso mercado. São elas, principalmente, Pesquisa de Produto Digital (DPR), seguindo uma abordagem focada no utilizador, onde aconselhamos o nosso cliente sobre como implementar aquilo que ele idealizou; Desenvolvimento de Produto Digital (DPD) para projetar, desenvolver e entregar uma solução (seguindo metodologias ágeis), e por fim, Introdução do Produto Digital (DPI) para apoiar o cliente na implementação da solução no mercado e a sua manutenção.
Cada projeto tem os seus próprios “milestones”, que se baseiam geralmente em indicadores e na planificação das tarefas e atividades, ajudando a medir em que ponto é que está cada objetivo, em termos de esforço e tempo gasto. Sabemos que estamos a descambar quando, no meio de um projeto, alcançamos essas “milestones” e percebemos que estamos a falhar em alguns dos indicadores. É aí que precisamos de saber reagir a esses erros e como evitar repeti-los no futuro.
Tentar arrastar as coisas à espera do melhor. Precisamos sempre de ter um plano de ação quando detectamos que algo está a correr menos bem. Pode até ser só uma nota mental para nós mesmos, mas precisamos de saber exatamente o que fazer e quais são os próximos passos.
Total Patient Care, não particularmente interessante em termos de tecnologia, mas permitiu-nos criar um Sistema de Gestão da Qualidade absolutamente de raiz, permitindo-nos obter a certificação ISO13485, tornando-nos uma referência no desenvolvimento de Software as a Medical Device (SaMD). Isso permitiu-nos abraçar a indústria MedTech a nível internacional.
Projetos de sonho são aqueles que nos permitem criar coisas genuinamente boas, que todos possam usufruir e fazer o negócio florescer. Além disso, são aqueles que nos dão a oportunidade de interagir com muitas pessoas de origens e nacionalidades diferentes, o que é sempre um enriquecimento pessoal.
Não vejo Gestão de Projetos como uma carreira. Pessoalmente, a minha carreira é em Engenharia de Software. O que faço hoje é fruto do meu percurso profissional até aqui. Acho que um bom PM deve ter formação tecnológica no setor em que atua e, acima de tudo, participar em atividades que sejam gratificantes e enriquecedoras para si.
Nos próximos anos, vejo a minha carreira a progredir junto com a LOAD! 🙂